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O preço do Bitcoin (BTCUSD) atingiu um novo patamar, mantendo-se acima de US$ 61.000 após a divulgação dos mais recentes dados de inflação dos Estados Unidos. Especificamente, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) caiu para 2,9% em julho, um valor abaixo das expectativas do mercado. Este declínio inflacionário renovou o impacto dos dados macroeconômicos sobre o movimento de preço do Bitcoin e outras criptomoedas, algo que havia diminuído durante grande parte de 2023.
A Relação Entre Inflação e Bitcoin
A inflação nos EUA é um dos principais indicadores econômicos que influenciam o mercado global, inclusive o mercado de criptomoedas. Quando a inflação diminui, o poder de compra dos consumidores aumenta, o que pode resultar em maior demanda por ativos de risco, como o Bitcoin. Isso acontece porque os consumidores tendem a investir mais quando se sentem financeiramente seguros.
Além disso, uma inflação mais baixa geralmente pressiona os bancos centrais, como o Federal Reserve (Fed), a reconsiderar suas políticas monetárias. Reduções nas taxas de juros, por exemplo, tornam o custo de empréstimos mais barato, o que estimula os investimentos em mercados alternativos, como o de criptomoedas. Em contrapartida, quando a inflação está alta, o Fed tende a aumentar as taxas de juros, o que pode enfraquecer o preço de ativos voláteis como o Bitcoin.
Inflação dos EUA Abaixo da Expectativa
No mais recente relatório do Bureau of Labor Statistics (BLS) dos EUA, o IPC de julho ficou em 2,9%, abaixo dos 3% registrados em junho. Esse número surpreendeu os mercados, que previam uma inflação de 3% para o mês de julho. Essa diferença de 0,1% é significativa, pois indica uma desaceleração maior do que a esperada na taxa de inflação.
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Os dados do IPC mostram que, embora a inflação geral tenha diminuído, a inflação subjacente (que exclui itens voláteis como alimentos e energia) permaneceu alinhada com as previsões, confirmando uma estabilidade no controle dos preços. Esta é uma indicação de que o Fed pode estar se aproximando do momento de realizar cortes nas taxas de juros, uma medida que não ocorre desde 2020.
Impacto no Preço do Bitcoin
Com a divulgação de uma inflação menor do que o esperado, houve uma mudança significativa nas expectativas dos investidores em relação à política monetária dos EUA. A probabilidade de um corte de 50 pontos-base (bps) na taxa de juros pelo Fed em setembro aumentou para 52,5%, contra 47,5% para um corte de 25 bps.
Esta mudança nas expectativas levou a uma redução nas apostas de aumentos futuros das taxas de juros, impulsionando o otimismo no mercado de criptomoedas. Isso se traduz em um aumento no preço do Bitcoin, que rapidamente reagiu, mantendo-se acima de US$ 61.000.
Por Que Isso Acontece?
A relação entre a inflação dos EUA e o preço do Bitcoin pode ser explicada por vários fatores. Quando a inflação cai, o poder de compra dos consumidores aumenta, criando um ambiente mais favorável para o consumo e investimentos. Com mais dinheiro circulando na economia, os investidores têm maior disposição para alocar recursos em ativos de risco, como criptomoedas.
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Por fim, a expectativa de cortes nas taxas de juros também joga um papel crucial. Taxas de juros mais baixas significam menores custos de empréstimos e uma maior disponibilidade de capital para investimentos. Este capital frequentemente flui para ativos alternativos, como o Bitcoin, que oferecem oportunidades de retorno significativas em um ambiente de taxas de juros baixas.
Resumindo
A inflação dos EUA desempenha um papel essencial na determinação do preço do Bitcoin. Quando a inflação cai, como foi o caso em julho de 2024, isso pode gerar um ciclo positivo para o mercado de criptomoedas. Com uma maior capacidade de compra e a perspectiva de cortes nas taxas de juros, o Bitcoin e outros ativos digitais tendem a se beneficiar de uma inflação mais baixa.