O iene e o franco suíço subiam enquanto o dólar caía em relação às principais moedas nesta segunda-feira, em meio a uma venda de ações de tecnologia, conforme mercados avaliam as implicações de uma startup chinesa que lançou um modelo de inteligência artificial (IA) gratuito de código aberto.
A DeepSeek, da China, lançou um assistente de IA gratuito que, segundo ela, usa chips de baixo custo e menos dados, aparentemente desafiando uma aposta generalizada em IA que, no passado, elevou as ações de empresas de tecnologia dos Estados Unidos, especialmente a fabricante de chips Nvidia
NVIDIA.
O índice de referência S&P 500 SPX fechou em queda de 1,46%, aos 6.012,28 pontos, pressionado pelas ações de tecnologia. A Nvidia NVDIA despencou 17%, para 118,42 dólares, atingindo o menor nível em quase quatro meses.
"Muitas pessoas parecem estar dando um salto bastante grande aqui, dizendo que o DeepSeek está perturbando os principais nomes da tecnologia, o que levará a uma venda nas ações, e uma venda nas ações fará com que o Fed dê apoio", disse Eugene Epstein, chefe de estruturação para a América do Norte da Moneycorp.
"Acho que é um passo a mais, mas dado o fato de que todas essas diferentes classes de ativos estão se movendo na mesma direção clássica de busca por segurança, parece que essa é a lógica atual. Se essa lógica faz sentido ou não, acho que é altamente discutível. Mas, pelo menos, é assim que o mercado parece estar reagindo no momento."
O iene USDJPYsubia 0,87% em relação ao dólar, para 154,63 ienes, depois de ter se aproximado de 153,71 ienes, seu nível mais forte desde meados de dezembro. O franco suíço USDCHF subia 0,50%, para 0,90155 franco frente ao dólar.
O índice do dólar DXY, que mede a moeda em relação a uma cesta de pares, depreciava 0,29%, para 107,36, depois de cair para seu nível mais baixo desde meados de dezembro. O euro EURUSD tinha variação positiva de 0,02%, para 1,0491 dólar.
O dólar registrou sua maior perda semanal em mais de um ano na semana passada, por expectativas de que as tarifas impostas pelo presidente norte-americano, Donald Trump, seriam menores do que o temido anteriormente. No entanto, as preocupações voltaram à tona quando EUA e Colômbia estiveram próximos de uma guerra comercial.
((Tradução Redação Brasília))
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