O dólar tinha leve alta nesta terça-feira, à medida que os investidores avaliavam os temores por tarifas, as incertezas geopolíticas e a trajetória da taxa de juros dos Estados Unidos, com o foco nas conversas entre autoridades russas e norte-americanas na Arábia Saudita pelo fim da guerra na Ucrânia.
A Ucrânia, que não está participando das discussões, diz que nenhum acordo de paz pode ser feito em seu nome.
O índice do dólar DXY — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — subia 0,17%, a 106,900.
O euro EURUSD era negociado a US$1,046425, em queda de 0,18% no dia.
A moeda única da Europa avançou na semana passada, devido ao aumento do otimismo em relação às perspectivas de um acordo de paz entre Ucrânia e Rússia.
"Os mercados continuarão concentrados em qualquer desenvolvimento das negociações bilaterais entre EUA e Rússia sobre a Ucrânia", disse Francesco Pesole, estrategista de moedas estrangeiras do ING.
"Mas, a menos que haja um grande avanço, o impulso otimista e o sentimento de risco relativamente otimista podem estagnar ou desaparecer nos próximos dias e o dólar pode continuar a recuperar algum terreno."
O foco dos investidores nesta semana também está na divulgação da ata da reunião de janeiro do Federal Reserve, na quarta-feira, que pode mostrar como as autoridades têm levado em conta o risco de uma guerra tarifária mais ampla resultante das políticas comerciais do presidente dos EUA, Donald Trump.
Dados da semana passada mostraram que os preços ao consumidor dos EUA aumentaram em janeiro no maior ritmo em quase 18 meses, reforçando a mensagem do Fed de que não há pressa em retomar os cortes de juros em meio às crescentes preocupações econômicas.
Já o iene estava em desvantagem após seus ganhos recentes, quando os fortes dados de crescimento do Japão reforçaram as chances do Banco do Japão elevar a taxa de juros novamente neste ano.
O dólar tinha alta de 0,18% em relação ao iene USDJPY , a 151,78. A moeda japonesa subiu 3,5% em relação ao dólar até o momento em 2025.
((Tradução Redação São Paulo, +55 11 5047-3075))
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