Déficit Primário: O que é, por que importa e como afeta seus investimentos

Por que o déficit primário importa para você?
O
déficit primário Brasil está
em destaque em 2025 — e isso não é só notícia para economistas. Esse indicador
mostra quanto o governo está conseguindo controlar suas contas, sem contar os
juros da dívida.
Mas por que isso interessa aos seus investimentos? Simples: o déficit afeta
juros, inflação e até a valorização dos seus ativos. Vamos entender a fundo e,
no fim, você terá uma visão clara para montar sua carteira com mais segurança.
💡 O que é déficit primário e como ele é calculado
O déficit primário é definido como:
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A diferença entre receitas (impostos, contribuições, royalties)
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E despesas primárias (salários, benefícios, obras), excluindo os juros da dívida.
Se os gastos são maiores que a receita →
déficit.
Se a receita supera os gastos →
superávit primário.
Cálculo simples:
📊 Cálculo simples do déficit primário
Déficit (ou superávit) primário = Receita do governo – Despesas primárias (sem contar juros da dívida)
Exemplo prático:
Se o governo arrecadou R$ 100 bilhões e
gastou R$ 110 bilhões (sem incluir os
juros), o
déficit primário será de R$ 10 bilhões.
💡 Dica do especialista: Se o número for negativo, temos um déficit. Se for positivo, temos superávit. O importante é acompanhar isso todo mês, porque o mercado reage a esses dados — e seus investimentos também.
📊 Relação entre déficit primário e dívida pública
Como isso se conecta?
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Déficit primário elevado → exige mais emissão de títulos → aumenta a dívida pública.
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Mais dívida → governo paga mais juros → ciclo vira bola de neve.
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Juros altos para frear a inflação tornam mais caro financiar a dívida, comprimindo o orçamento.
Portanto, déficit e dívida andam de mãos dadas — e impactam diretamente o risco fiscal e taxas de juros.
🔍 Impacto fiscal nos investimentos e no mercado financeiro
🛡️ Renda fixa
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Juros maiores tornam ativos como Tesouro Direto, CDBs, e LCI/LCA mais atrativos.
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Porém, déficit elevado alimenta incerteza — e investidores exigem risk premium, pressionando taxas.
📈 Renda variável
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Empresas sofrem com juros altos: custo de capital sobe, pressão sobre lucros e múltiplos de valuation.
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Em cenários de déficit, ações defensivas pagadoras de dividendos tendem a performar melhor.
📉 Inflação
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Déficit pode gerar mais gastos públicos e emissão de moeda, aumentando a inflação no médio/longo prazo.
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Isso corrói o rendimento real de títulos prefixados e de curto prazo.
📌 Contas públicas em 2025: cenário oficial
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Em maio de 2025, o déficit primário ficou em cerca de R$ 35 bilhões, abaixo dos R$ 42 bilhões esperados pelo mercado.
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A dívida pública bruta chegou a 76,2% do PIB — ligeiramente abaixo da estimativa de 76,6% .
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Novas estimativas para 2025 indicam um déficit primário total superior a 5% do PIB, exigindo atenção ao risco fiscal e à sustentabilidade da dívida .

🛠️ Como o investidor pode usar isso na prática
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Use títulos pós-fixados indexados à Selic: Tesouro Selic e CDBs de bancos médios garantem proteção contra juros e inflação.
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Proteja-se com Tesouro IPCA+: Evita perda do poder de compra, mesmo com inflação instável.
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Considere fundos DI ou multimercado defensivos: Para diversificar e mitigar riscos.
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Selecione ações de empresas estáveis e pagadoras de dividendos: Energia, saneamento e bancos estão entre as mais resilientes.
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Acompanhe dados macro e notícias econômicas mensalmente: Ex: déficit acima do previsto pode alterar cenários de juros e inflação.
🔁 Resumo rápido: como o déficit primário afeta seus investimentos
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Déficit elevado → aumento da dívida pública → juros mais altos.
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Juros mais altos → renda fixa mais interessante, renda variável mais desafiadora.
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Inflação e risco fiscal podem corroer rendimentos se você não diversificar corretamente.
💬 Conclusão
O
déficit primário é um termômetro
do equilíbrio fiscal do país — e reflete diretamente no retorno dos seus
investimentos.
Com essas informações, você pode:
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Ajustar sua carteira com foco em renda fixa protegida;
-
Selecionar ações defensivas sob risco controlado;
-
Reduzir exposição a prefixados e cenários de alta inflação.
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